Por estar muito envolvido com a produção do show do SeuZé, mal pude assistir aos shows das outras bandas nessa edição do MADA. Mas, pelo que pude conferir e já conhecia de antemão, acho que a escalação das bandas foi feliz. Por mais que o meu gosto não tenha sido satisfeito, a programação foi coerente e mapeou legal a cena independente do país.

Gostei pra caramba do Moptop (RJ), Ímpar (MG), Los Porongas (AC), Filhos da Judith (RJ).

Não me entra de jeito nenhum todo o hype em torno do Cansei de Ser Sexy (SP). Performance forçada e execução deplorável. Definitivamente não vou a um show de música com o intuito maior de rir. Acho que todos puderam ver que no show do CSS o que menos importa é a música. Para completar, tive o desprazer de ficar em um quarto no mesmo corredor do das mocinhas. Como falam alto!

Das bandas potiguares, só pude acompanhar os shows dos Bonnies e do Revolver. O show dos primeiros foi muito fraco. Essa história de desleixe PREMEDITADO já deu no saco e atrapalhou a apresentação. O som estava ruim, a execução não foi das melhores e a interação com o público foi, como de costume, péssima. Já o Revolver fez um show muito bom, apesar de uns problemas técnicos no início da apresentação e de estarem todos muito nervosos antes de subir ao palco.

Não pude ver todo o show do Cachorro Grande, mas até onde conferi estava tudo muito mediano. Até hoje ainda não me acostumei com o vocal de Beto Bruno. Eu já estava muito cansado, ou talvez esteja ficando velho e chato para ouvir tanta gritaria.

O Biquini Cavadão mostrou ser competente no que se propõe a fazer, mas não satisfez o meu gosto, também. Como diria Marcos Bragatto, “a maior banda de baile dos últimos tempos” foi a protagonista do que deve ter sido a maior interação banda-público da história do festival. O porém: tudo isso às custas das canções de terceiros. São inegáveis o carisma de Bruno Gouveia e a maneira como a banda desperta a empatia do público. Mas, conseguir isso através de um repertório composto quase que exclusivamente por covers, diminui para bem menos da metade os méritos da questão. Acredite se quiser, mas eu nunca estaria satisfeito em ter uma resposta daquelas através de um trabalho que não é meu. Não dá mesmo!

O pouco que vi da apresentação de Pitty não me cativou muito. Salvo um bom cover de “Stockholm Syndrome”, do Muse, não vi maiores feitos. Tentando ser imparcial, levando em consideração que não sou muito fã do trabalho da cantora, devo admitir que o show foi bom e a participação do público foi bem bonita.

Não pude ver os shows de Nando Reis, Pavilhão 9 e do Rappa.

Sobre as outras apresentações, ou as bandas não me chamaram a atenção ou não tive oportunidade de conferir.

No geral o saldo foi positivo e o MADA deu mais um passo importante para se consolidar como um dos maiores festivais de música do país. Só espero trabalhar menos e estar mais disposto para acompanhar melhor as atrações do ano que vem.